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Brechós: A Nova Tendência de Consumo Sustentável

  • rafagdionello
  • 5 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 26 de nov. de 2024

“Brechó”, substantivo masculino, segundo o dicionário Aurélio significa: Loja de Objetos antigos e usados. No Brasil, o primeiro brechó surgiu no século 19 no Rio de Janeiro e foi fundado por um comerciante português, cujo nome era Belchior e com o passar dos anos com a popularidade do lugar se popularizou o nome que conhecemos hoje. 


 Roupa velha, antiga e de segunda mão por muito tempo foi assim que brechós foram vistos, como lugar para se desfazer de roupas que já não cabiam mais no guarda roupa ou uma alternativa para aqueles que não tinham uma condição financeira muito boa.  


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Frou Frou Vintage. Foto: Rafaela Dionello

O consumo de roupas de segunda mão durante muito tempo esteve relacionado a pessoas que possuíam um estilo de vida humilde, sendo o consumo em brechós, bazares, leilões ou até em loja de penhores sua única opção para a compra de artigos em geral, considerando que esses comércios ofereciam itens de baixo valor aquisitivo. 


Porém, de tempos pra cá, o movimento de consumir e frequentar brechós vem viralizado graças às redes sociais e aqueles procuram fazer parte um consumo mais inteligente e sustentável indo na contramão das fast fashions – modelo que tem como proposta trazer tendências de forma chegar a “tendência do momento” mais rápido e quase nunca de maneira sustentável, determinada pela produção frenética e contínua do consumo de tendências em um curto período de tempo.  


O processo de aquisição reflete a habilidade e a necessidade de mudanças da sociedade, que muitas vezes se manifestam através da moda. O consumo e o estilo passam a cruzar em um movimento mais ecofriendly que proporciona, de um jeito ou de outro, a demonstração de um jeito de ser, de um modo de pensar e de comportamento de uma fase em que estamos vivendo mudanças climáticas tão extremas e aclamam pela mudança de modo urgente.


As lojas de segunda mão refletem no crescimento da economia circular, que valoriza a reutilização de produtos no lugar da compra de uma peça fabricada do zero.  No Brasil, segundo um levantamento do Google Maps, a procura por brechós aumentou 140% em comparação ao ano passado (2023). Nos dias atuais, os brechós têm conquistado o interesse das novas gerações de classes mais altas e cultas, que possuem uma visão voltada para questões associadas à indústria da moda, e encontram na cultura do reuso uma maneira de expressão. 


Segundo um estudo sobre Moda Sustentável do Boston Consulting Group (BCG), realizado em parceria com a Enjoei, atualmente, 70% dos compradores em brechós afirmam gostar do fator sustentável que ronda o consumo — aumento de 12 pontos percentuais comparado aos 62% registrados em 2018.


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Foto: Rafaela Dionello

Hoje em dia, os brechós são muito mais do que locais em que são vendidas roupas usadas e pechinchas e passaram a ser locais em que você encontra peças únicas a raridades de grife, vintage ou modernas, mas além de tudo isso, muitos deles guardam tesouros em forma de roupas, sapatos ou acessórios que já não estão mais disponíveis em lojas convencionais.


Esse projeto que nasceu como um trabalho de conclusão de curso de jornalismo pela PUC-SP. Com a intenção inicial de ser apenas um guia de brechós pela cidade de São Paulo, porém ao longo do processo de desenvolvimento do trabalho acabei de apaixonando ainda mais pela moda sustentável.


 
 
 

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Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo da PUC-SP com orientação do professor Fabio Cypriano

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